Viajar em época de feriadão é um ótimo programa. Melhor ainda é reunir os amigos em casa para uma boa cervejinha, bate-papo e música de fundo. Existem ainda aquelas pessoas que aproveitam o feriado para pegar um “solzinho”. Afinal, quem não gosta de um dia livre? E quando é numa segunda-feira? Justamente o dia em que as pessoas consideram o pior para trabalhar. Dia quinze de novembro é assim.
Porém, o que muita gente desconhece é saber qual o motivo desse dia não ser “útil” no calendário. Nem mesmo sabe que data está se comemorando ou homenageando hoje. Alguns arriscam, como é o caso do aposentado João Nogueira da Silva, de 77 anos: “Proclamação da República com o grande marechal Deodoro da Fonseca e seu cavalo”. João está certo. Até teve cavalo no ato, como mostra a figura abaixo do pintor chileno Henrique Bernardeli (1958-1936)
Diferentemente do aposentado, a dona de casa Diana Silva, de 50 anos, não sabe do que se trata o dia quinze de novembro. “Só quero descansar no feriado”, conta. Assim como Diana, milhares de brasileiros não sabem a importância do fato que aconteceu há 121 anos e que foi decisivo para a história do Brasil.
Para os autores e historiadores Antonio Paulo Rezende e Maria Thereza Didier, do livro Rumos da História (editora Atual, 2001), na manhã do dia quinze de novembro de 1889, marechal Deodoro da Fonseca se uniu com Benjamin Constant e suas tropas. Eles, dois dos principais líderes da conspiração republicana no Brasil, marcharam até a Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro e puseram o fim a Monarquia vigente no País, exatamente às 3 horas da tarde, colocando o Partido Republicano no poder. Formou-se então um governo provisório, chefiado por Deodoro. O País tornava-se uma República Federativa e adotava uma nova bandeira com a frase positivista que perdura como lema até hoje: Ordem e Progresso. A notícia da nova República só foi divulgada para o País no dia seguinte.
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