Por Karla Francine
Uma avenida com grande circulação de pessoas, não apenas pelo conglomerado de ambulantes que existe nela, mas por causa de sua localização estratégica. Assim é a Avenida Guararapes situada bem no Centro do Recife no bairro de Santo Antônio. Nela está reunida, dentre outros, uma grande quantidade de estabelecimentos comerciais, bancários e educacionais.
Ao se fazer um retrato da Guararapes, como é comumente conhecida pelos comerciantes que trabalham nela e por grande parte da população recifense, é possível se deparar com uma realidade pouco satisfatória, no que se refere à segurança.
É muito comum se perceber a presença de vários moradores de rua, geralmente menores com tubos de colas nas mãos, circulando entre a população acadêmica das faculdades instaladas nessa avenida e por entre os muitos trabalhadores que usam a via como caminho para seus trabalhos e ou suas casas, além dos que encontram nela o ponto do ônibus que precisam apanhar para se deslocarem para os seus destinos.
Essa cena é comum aos transeuntes desse conhecido logradouro do Recife, que nem parecem mais preocupados com as imagens de “aparente” insegurança que presenciam dia a dia. Questionado sobre a incidência de assaltos ou furtos na farmácia em que trabalha, a qual está na esquina da Guararapes com a Praça da Independência, o atendente Ascendino Neto, 20 anos, que já trabalha há um ano no loca, diz que a segurança da avenida é regular, que frequentemente vê policiamento no local e que ainda assim vez ou outra ocorrem pequenos furtos no estabelecimento.
Com relação ao policiamento realizado pela Polícia Militar, na Avenida e em seus arredores, a soldado Rafaela Rodrigues, 24 anos, do Posto de Policiamento da Praça da República, que é o responsável pelo monitoramento das imediações da Avenida Guararapes, as maiores demandas não ocorrem nos horários de pico, ou seja, hora em que o comércio e as instituições de ensino estão funcionando, é mais incidente nos finais de semana, a partir das oito horas na noite, quando essa área fica tomada mais comumente por freqüentadores de bares e casas noturnas. Sobre as rondas policiais, a soldado afirma que existem três viaturas que cobrem toda a avenida e seus arredores.