segunda-feira, 8 de novembro de 2010

COMERCIALIZAÇÃO DE COMPUTADORES EM ALTA

Texto e foto: Antony Chaves
Preço baixo e pagamento a prazo marcam o crecimento nas vendas de PCs


O número de vendas de computadores no Brasil deve crescer 16% este ano em relação a 2009. Ou seja, para 2010, a previsão é de que 12,8 milhões de máquinas sejam comercializadas em todo território nacional. Esse é o resultado de um estudo recente feito pela consultoria IDC. A mesma pesquisa revela que 3,4 milhões de desktops, notebooks e netbooks foram vendidos no segundo trimestre deste ano. Para o período de janeiro a junho de 2010, o estudo também mostra que foram comercializados 6,4 milhões de PCs. Esse número é 32% maior do que no mesmo período ano passado.

Além disso, a pesquisa do IDC aponta a entrada, cada vez mais intensa, da classe C na compra de computadores. Para o gerente de uma loja de eletrodomésticos do centro do Recife, Hugo Leonardo, a procura de PCs por pessoas de renda mais baixa tem aumentado consideravelmente nos últimos meses. “As facilidades de aquisição do produto, como preços mais baixos e prazos de pagamentos estendidos são os principais fatores do aumento das vendas”, diz.  Ele ainda revela que os maiores consumidores das máquinas são os estudantes.

A estudante de psicologia, Tereza Gabriela Moura, de 24 anos, comprou recentemente um computador que lhe custou R$1500. Para ela, a divisão do pagamento em várias parcelas - sem adição de juros - foi o que a ajudou para a aquisição da máquina. “Utilizo o meu desktop para realizar atividades da faculdade e fazer compras pela internet”, completa satisfatoriamente.

INTERNET E CLASSE C

Um estudo realizado pela agência marketing digital Razorfish (em parceria com o portal Terra) aponta que 66% da classe C possuem computadores com acesso à internet. Composta de 95 milhões de brasileiros, ou seja, representando a maior parte da população do País, a classe C é o perfil que mais tem comprado PCs, nos últimos anos, no Brasil. Segundo uma pesquisa feita pelo instituto Data popular, 80% dos consumidores dessa faixa de renda afirmaram que “não dá para viver sem ele”.

CENTRO DA CIDADE: ESPAÇO DISPUTADO À FORÇA

Texto e foto: Rogério França 


    Cena comum de se ver. Avenida Dantas Barreto, um dos pontos mais disputados pelos comerciantes


Não precisa ser um gênio! Basta um pouco de atenção e perceberá os motivos que levam pedestres e ambulantes a disputarem o espaço nas calçadas das principais avenidas da Cidade. Em Pernambuco o número de trabalhadores informais chega a 875,2 mil. Só no Recife, o contingente é de 88 mil pessoas que atuam por conta própria, conforme levantamento feito pelo IBGE no último mês de abril. Segundo a assessoria da Diretoria de Controle Urbano do Recife (Dircon), cerca de 12 mil  atuam no comércio informal no centro da cidade. Quando um camelô é questionado sobre o motivo  de  exercer tal ofício,  o desemprego é a resposta campeã.

Existem alguns pontos que funcionam como passagem obrigatória para quem freqüenta o Centro. As Avenidas Dantas Barreto e a Conde da Boa Vista são exemplos de lugares  mais atraentes para os ambulantes que, dispostos a driblarem qualquer tipo de fiscalização, buscam através da venda de vários tipos de mercadorias uma maneira de garantir o sustento da família.

A disputa por um lugar, na maioria das vezes, é travada no grito ou à força.  Na briga, estão envolvidos homens mulheres e até crianças. Quem gritar mais alto, no mínimo, chamará mais a atenção de quem passa ali. Além dos desafios impostos pelo dia-a-dia, os que atuam nessa modalidade alimentam-se da incerteza do quanto vão levar para casa no final de cada dia.

“Trabalho na noite há 20 anos. Aqui, ganhei dinheiro para sustentar meus três filhos, mas estou cansada dessa vida. Já não tenho mais tanta disposição. Daria tudo para conseguir um emprego fixo, mas sei que não tenho estudo e nem idade  para isso”, afirma  Valdinete Silva dos Prazeres, 45.  Neta, como é chamada pelos clientes mais antigos, mora na Bomba do Hemetério, Zona Norte da Cidade,  e vem diariamente - nos finais de tarde -  vender seus espetinhos  na Dantas Barreto,  em frente a igreja do Carmo.  Ela afirma que nunca teve contato com funcionários da Dircon ou qualquer órgão da prefeitura, exceto com fiscais que, por várias vezes, já apreenderam sua mercadoria.

A prefeitura do Recife está finalizando um plano de ordenamento da cidade para, a partir daí, conceder novas permissões com regras e obrigações mais claras a serem cumpridas pelos comerciantes.  “Essa é uma das prioridades da PCR. Desde fevereiro, foi criado um grupo de trabalho para discussão de propostas e estabelecimentos de regras que possibilitem a organização dos ambulantes no Centro”, afirma a assessora de comunicação da Dircon, Alexandra Torres. 


FESTA DA VITÓRIA RÉGIA ATRAI GRANDE PÚBLICO

Por Adalbério Mota


A festa da Vitória Régia que acontece há 32 anos na Praça de Casa Forte, zona norte do Recife, levou milhares de pessoas ao local. O evento vai de 5 a 7 de novembro. A programação desse ano contou com parque de diversões, gastronomia e shows.
O público pôde conferir os shows de Túnel do Tempo, Pastoril, Trio Nordestino entre outras atrações durante os três dias de festa. O evento deste ano homenageou o abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco.
Gyzele Caldas, moradora do bairro da Iputinga, falou que não tenta perder nenhum ano da festa. “Tento prestigiar todo ano a festa, acho que já venho há 5 anos pra Vitória Régia, aqui encontramos total segurança”, afirma a publicitária.
O operador de Telemarketing, Guilherme Santos, 21 anos, informa que é a primeira vez que veio ao evento e estar adorando a organização. “Fiquei surpreso com a organização e com os shows. Minha namorada já tinha vindo em outras edições e me convidou. Disse o jovem.
Toda a renda arrecadada da Festa da Vitória Régia será revertida para a creche Menino Jesus e para a Casa da Criança Marcela Asfora, que são entidades mantidas pela Paróquia de Casa Forte. 

MAIS CULTURA PARA OLINDA

Por Karla Francine


De 12 a 15 de novembro acontece pela primeira vez em Olinda a sexta edição da Festa Literária Internacional de Pernambuco. A Fliporto 2010, que receberá cerca de 40 escritores, entre eles Ricardo Piglia, Contardo Calligaris, Moacyr Scliar e Mark Dery. Os ingressos para o evento custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (estudantes) e estão à venda através do site ingresso rápido.

A versão digital da Fliporto nasceu no ano de 2006, como propósito de promover a interatividade e a democratização do acesso ao meio virtual. Nesta 4ª edição da Fliporto Digital, que está instalada na Biblioteca Pública de Olinda, a idéia é de promover a divulgação e a valorização das obras literárias e escritores virtuais. Quem dirigirá a programação será o curador da Fliporto Digital, o escritor Antônio Campos, com a exposição virtual: “Olinda, Traços do Passado, Cores do Presente.

   A Festa Literária este ano ainda promove o Cine Fliporto, que será realizado no auditório da Faculdade de Olinda (Focca), e se resume a mostras de filmes, debates com cineastas e convidados. Com o tema “A imagem como Alfabeto da escrita”, o evento ainda exibe dez longas metragens e os produtos das oficinas que serão realizadas pelos participantes.

Simultaneamente a Fliporto, acontece a primeira Feira Literária de Pernambuco, que receberá em sua primeira edição uma média de 40 editoras. O tema da Feira do Livro é uma homenagem ao escritor Marcus Accioly, da Academia Pernambucana de Letras.