Lixo e entulho são fáceis de encontrar no Mercadão do Cabo
Situado no centro do Cabo de Santo Agostinho em extensa área, o Mercadão foi inaugurado em 2001, ainda na gestão do prefeito Elias Gomes, atualmente em Jaboatão dos Guararapes. À época de sua inauguração o empreendimento representava prosperidade para diversos feirantes. Afinal, eles foram retirados de algumas ruas do centro do Cabo e ganharam um box para dar continuidade à atividade comercial. Mas, a realidade após alguns anos é outra. O abandono, a sujeira, a insegurança e a falta de administração são apenas alguns elementos que compõem o cenário atual.
Comportando 1082 boxes o Mercadão é dividido em diversas áreas comerciais: vestuário, frutas, verduras, carnes, cereais, lanchonete, frios, miudezas e ainda conta com uma área de restaurantes com atrações musicais. De 2001 até o atual momento vários feirantes repassaram seus boxes, até porque não conseguiram sucesso nas vendas. Outros, com o aumento de suas “lojas” conseguiram dar continuidade à atividade. Inclusive, estes que cresceram fizeram diversas reformas dando a entender que ali poderia ser um centro cultural e comercial próspero.
Mas, após alguns anos o quadro que se apercebe no local é frustrante para feirantes e clientes. Sujeira, insegurança, ausência de administração, deficiências em geral são algumas das reclamações. Baratas, ratos, moscas e entulhos dividem espaço entre os produtos à venda, vendedores e os consumidores.
Para o feirante Severino da Silva Santos, que está no local desde a fundação, a situação é difícil. “A administração fala mas não pratica. Falta a coberta, estacionamento, limpeza e segurança. Mesmo pagando uma taxa de R$ 5,00 por semana não temos qualquer ajuda da Prefeitura para trabalhar”, afirma. Já para Maria Lindinalva Batista, o fato de sair da rua para um local específico trouxe benefício, mas falta organização. “Foi bom ter saído da rua e ganhar um box aqui. Agora, não podemos ficar dividindo espaço com bichos. E isso espanta o cliente”, assevera.
INSEGURANÇA
No dia 03 de outubro 08 boxes foram arrombados. No Mercadão há 09 anos a feirante Josilene Rosa Andrade foi uma das vítimas. “Levaram diversas roupas, bermudas, calças e camisetas. Tive um prejuízo de R$ 700,00 e não recuperei nada e ninguém da Prefeitura me ajudou”, afirma Josilene. Outra vítima do arrombamento foi Severina Maria da Silva. Trabalhando” há 09 anos no local ela sente a falta de segurança e o descaso da administração. “Eu gosto de trabalhar aqui, mas assim não dá. Perdi R$ 300,00 e ninguém me procurou para tentar resolver o problema. “Tive que pedir dinheiro emprestado para tentar reerguer meu Box”, assevera Severina.
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